Cineminha nômade.


Divulgando aqui mais uma iniciativa da Escola Nômade:

Cinema Nômade para crianças, pais e amigos. Exibição de filme seguida de roda de conversa filosófica com as crianças.

Os encontros tem como foco mobilizar os modos de perceber que atravessam e dominam os mundos próprios de cada criança e eventualmente deslocar tendências inoculadas e incorporadas por elas no contato com hábitos de julgar, sentir e pensar do mundo dos adultos, o que acaba por alimentar e cristalizar preconceitos.

19/11 Príncipes e Princesas, de Michel Ocelot
01/12 Kiriku e a Feitiçeira, de Michel Ocelot
02/12 A Viagem de Chihiro, de Hayao Miyazaki
03/12 Meu Vizinho Totoro, de Hayao Miyazaki
Horário: sempre às 16h00
Local: Oficina Cultural Oswald de Andrade
rua Três Rios, 363 - Bom Retiro - São Paulo/SP
ENTRADA FRANCA

SARAU DE TROVAS


Levantamos com as crianças, de 1o. ano,  quais  as trovas que queriam apresentar no Sarau de Trovas. As trovas utilizadas foram do  livro “Diga um verso bem bonito!” de Maria José Nóbrega.

Oficina do Sarau
Aquecimento
Postura correta: pés paralelos e começar a girar os braços sem mexer o resto do corpo.
Aos poucos deixar o movimento reverberar pelos joelhos, pés, tronco e cabeça.
Esticar o olhar e tentar alcançar mais longe e perceber os objetos do percurso.


Desenvolvimento
Vamos brincar da brincadeira “Como você se sente por dentro?!”

Fui andando por um caminho
Encontrei uma coruja,
Pisei no rabo dela
Me chamou de cara suja.”


Intervenções:
·        Caminhe da sua maneira. Perceba, sem falar, como você está caminhando. Mostre com seu corpo essa maneira.
·        Onde você está caminhando, o que está fazendo? Qual a temperatura deste lugar? O que você vê neste lugar?
·        Nesse caminho você encontrou uma coruja, imite-a. ( Pode ser que as crianças não tenham referências sobre esse animal, será que procurarão informações?) Pode-se usar vídeo do www.youtube.com.br/coruja orelhuda
·        A partir da observação do animal em movimento, permitir reações das crianças. Possivelmente começarão a imitá-la. Depois, questionar: Como é seu canto? Alto, baixo, estridente ou agudo?
·        Como é seu tamanho? Ela é leve ou pesada?
·        Como é seu rabo? É grande ou pequeno? Leve ou pesado? Ela tem pele ou penas? Demonstre o seu toque nela.
·        Questione: Caso pise no rabo dela, como ela reagirá? Demonstre com seu corpo, sem falar!
Após essa vivência as crianças vão para um espaço na sala ou varanda, para a montagem da cena da trova. Para esse momento de criação, dispor alguns equipamentos mínimos , como tapetes coloridos, pedras, vasos  de plantas, animais de pelúcia...
·        Roda de compartilhar ideias: o que foi que você aprendeu com essa oficina, o que foi importante para você?
 Deixe as crianças descobrirem as formas de apresentação. Como será estruturada, questione onde ficará a plateia que assistirá o sarau , onde será a coxia , espaço para se organizarem para a apresentação, e onde será o palco.
A professora filmará o momento de criação e ensaio para depois mostrar a eles. Assim, poderão observar-se e autoavaliar  ( tom de voz, movimento corporal e sintonia do grupo).

Cristina Saghy Kassab

Oficina de autorretrato


Na sala de dança, convidamos as crianças para sentarem numa posição confortável, fechar os olhos e ouvir a música clássica. Deixamos somente uma parte da luz da sala acesa.
Por meio do toque,  convidar a criança a  conhecer as partes de seu rosto.
Intervenções:
- Faça “mãos de gato” e toque seu couro cabeludo. Quem quiser pode fechar os olhos, se facilitar a investigação. Depois de um tempo: O que você descobriu?
(ouvir o que as crianças tem a nos dizer antes de perguntar: forma, textura, temperatura, partes moles e duras...)
A mesma investigação seguirá pelo cabelo, testa, olhos, narinas, bochechas, boca, pescoço.
- Diga que brincaremos de detetive e cada criança fará uma expressão facial e teremos que descobri-la! Ah! O restante do corpo ficará quietinho, somente o rosto passará a emoção ( alegre, triste, raiva...) Não fale, me mostre para que eu adivinhe.
- Após essa investigação e descobertas, convidar as crianças a olharem-se no espelho,  com bastante atenção. Repare no seu cabelo, na sua pele, no seu olhar, que emoção seu rosto está passando? Veja o desenho de seu nariz, o queixo, as orelhas. Olhe-se de frente e de perfil. De que modo você se retrataria, se fosse fazer uma pintura sobre si mesmo?

Dispor para as crianças, diferentes tipos de materiais  como: canetinha, lápis de cor, pintura a dedo, aquarela, massinha, argila e diferentes tipos de papéis e tamanhos...
Socializar, na roda, o que cada um produziu e o que sentiram com essa brincadeira de se descobrir!

Observamos como as crianças foram espontâneas e retrataram-se de forma muito detalhada  e criativa. Souberam explorar todo o papel, demonstrando bom uso do espaço.
Foi muito importante a exploração anterior para que as partes do rosto fossem percebidas e retratadas de forma intuitiva, sem a professora pedir esse olhar da criança, aconteceu...

Cristina Saghy Kassab

Relato de leitura de obra com crianças de 6 anos


          A  professora de artes visuais da escola é, também, artista plástica.
Trouxemos essa obra para ser apreciada pela turma do 1o. ano, sem contar a elas quem era a  artista. Assim, criamos uma atmosfera de suspense e curiosidade. Quisemos  mostrar às crianças que todos podem expressar seus sentimentos por meio da arte. 
Mediamos a leitura da obra com perguntas, como:

O que é essa imagem?
Quais as cores que a artista usou?
Tem movimento? Por quê?
Como a artista conseguiu movimento num desenho que está parado, pintado na tela?
Quais as sensações que essa imagem trás para você?

         Num segundo momento, convidamos às crianças para uma entrevista com a "artista".
         Foi uma surpresa para as crianças, ao verem a professora Elyete Bachur.
Como a tela de Elyete, é muito gestual, trouxemos uma vivência corporal, com o objetivo de preparar o corpo das crianças para a criação plástica, desenvolvimento a percepção e possibilidades corporais.

As crianças ficaram descalças e tiraram o tênis e a meia.
- Pedimos para as crianças caminharem pelo espaço, em silêncio, observando todos os detalhes do chão, paredes, teto. Observarem as cores, a luminosidade do local... Colocamos  uma música orquestrada ao fundo (sons da natureza).
- Exploramos várias situações corporais:
Caminhar como se os pés estivessem amarrados.
Explorar as diversas posições dos pés ( calcanhar, ponta, lateral direita e esquerda).
Ter gesso nos pés
Ter um grande peso sobre  a cabeça
Estar sobre patins
Estar na grama
Estar na lama

Para finalizar a exploração e soltura corporal:
Em duplas, uma criança foi escolhida para ser a líder e fez um movimento expressivo que foi observado pelo seu companheiro e imitado depois. Trocou-se de posição de liderança quando o líder ficou lado-a-lado com o conduzido e esse passou a ser o líder.


– Movimento expressivo
Após a exploração corporal propusemos a criação plástica .
Deixamos diversos papéis bem grandes como craft, materiais diversos ( massinha, pincel, tinta, argila...) para que as crianças pudessem escolher.
Colocamos um fundo musical tranquilo/agitado para as crianças fazerem suas criações artísticas. Ao final, pedimos para comentarem as sensações com a música tranquila e agitada, assinalando as semelhanças e diferenças.
Deixamos claro para as crianças que não se preocupassem em desenhar uma forma específica e sim, soltar o traçado no papel, sentindo o ritmo da música pulsar na mão e no papel.

Dica: sugerimos que ficassem com os olhos fechados para que o canal da audição ficasse aflorado (percepção auditiva).
Foi muito interessante observar a reação natural e perceptiva das crianças e como foram criativas.

Cristina Saghy Kassab


Os Segredos de Kiara.



E por falar em contacão de histórias, vale muito a pena conhecer o trabalho dessa moça, a Kiara Terra. Ela inventou o termo "história aberta"onde cada pessoa é convidada a tecer a história junto com ela e colocar sua visão de mundo na roda. Uma delícia!

Encontros com histórias.


Para quem se interessa pela arte de contar histórias, Saravau é um deliciosos encontro promovido pela mestra Regina Machado.

Jorge Larrosa - entrevista



Jorge Larrosa é um dos autores lidos por nós no curso.  Seu texto "Notas sobre a experiência" traz algumas ideias sobre educação e comportamento que são bastante provocadoras! No You Tube  seguem as outras partes da entrevistas. Vai lá!

Eles falam...

L. tem 7 anos e é minha aluna de Teatro em uma escola particular de São Paulo. Ela refletiu, após uma aula de improvisação:

_ A realidade estraga a nossa fantasia por dentro! Eu não gosto de usar uniforme. Eu quero ser livre na roupa, livre no meu estilo...Tem que ser livre em qualquer coisa, mas primeiro tem que estudar!


Não é de se pensar que idéias de escola (...TEM que estudar!) nós adultos passamos adiante para as nossas crianças?

TV Cultura Infância



Infância e Dança.


E para quem quiser explorar um pouco mais as possibilidades de dança na infância, oficinas de dança com o grupo Balangandança.  no Itaú Cultural. Tem também um fórum de discussão com pessoas bem interessantes falando do assunto.

Música com o Pedro.

Conhecemos o Pedro Paulo Sales no curso na semana passada em sua rica palestra sobre música na educação. Um de seus criativos projetos é o Assobio 49, um programa na Rádio USP sobre... Assobios! Confere lá.


Bienal 2011.

E nossa amiga de curso Andreia Garrido nos deu a dica que a versão em português do Material Educativo da exposição Em nome dos artistas - Arte contemporânea norte-americana na Coleção Astrup Fearnley já está disponível para download no site da mostra. 



O link é: 

http://www.bienal.org.br/FBSP/pt/Emnomedosartistas/educativo/Paginas/Material-Educativo.aspx

Making Of do Stop Motion.

Foi uma manhã bem divertida! O clima de oficina estava por toda a sala, ocupada em cada cantinho pelos grupos de trabalho concentradíssimos em suas produções de animação em Stop Motion.


Cris mede o chão, enquanto Meire se habitua à caixa branca (de fundo falso).


Meire se diverte, entalada por alguns segundos...

 

Renata, rapidíssima na pré-edição.

um pouco mais do making of você vê aqui: 

Papéis.

Tenho pensado bastante no lugar do professor que é também aluno. Escolher voltar para a sala de aula, em determinado momento da vida adulta, é quase sempre um desafio que torna-se ainda mais instigante quando nos convida a pensar os papéis pré-estabelecidos nas relações hierárquicas que predominam na maioria nas instituições de ensino. Muitas vezes nos esquecemos de olhar pela ótica do aluno - o outro, certos que o saber que detemos só tem um caminho a percorrer: o da verticalidade. É muito bom, nesse sentido, poder relembrar o que é o ser-aluno em suas incertezas, opiniões, olhares e pontos de vista e saber que a educação é muito mais rica quando baseada na troca!

Mudando Paradigmas na Educação

Este simpático videozinho das ideias do educador britânico Kin Robinson
nos convida a pensar sobre o passado e o futuro da educação.


O Trocador.

De acordo com o planejamento dos encontros sobre mídias digitais havia um dia para realização de uma atividade prática; animação stop motion.
Duas semanas antes nos organizamos quanto grupo, porém, na aula anterior á atividade, nos reunimos para decidir qual seria o tema abordado. 




Como em rede, nossas mentes se conectaram e resolvemos abordar um tema lúdico que fosse simples e ao mesmo tempo prazeroso de realizar.
Por fim, decidimos usar pessoas, figurinos e objetos que tínhamos em casa, segue abaixo o resultado do nosso experimento audiovisual intitulado "O Trocador." 

Experiências Audiovisuais na Escola.

São poucos os colégios públicos e particulares que oferecem o audiovisual como alternativa para expressão.  
Acreditando neste potencial narrativo e reflexivo o coletivo Nossa Tela desde 2006 propõe oficinas e curso de formação audiovisual para colégios públicos e privados. Devido a quantidade de vídeos produzidos surgiu a necessidade de exibir esse material e discutir a produção dos alunos. 

Em 2010 aconteceu a 1º Edição do Festival de vídeo na escola. Foram 75 filmes inscritos e 9 programas. O Evento aconteceu no Cine Olido.

Hoje no Cine Olido aconteceu a abertura da 2º Edição que contou com 95 filmes inscritos e 5 programas. Estive presente com alguns amigos para acompanhar a exibição do 3º Programa junto com os jovens realizadores. 

A garota estava toda orgulhosa em ver seus trabalhos em tela grande, ao final, deram entrevista, conversaram sobre o processo com uma maturidade invejável. As professoras quase não cabiam em si de tanto orgulho por terem proposto a utilização do audiovisual como parte de um exercício de interpretação de texto e adaptação de contos. 

Quanto a qualidade, isso fica para um outro post, pois se há necessidade, é importante que haja investimento, pois até quando a galera irá filmar com câmera VGA de celular? Enquanto isso não acontece, aplaudimos de pé o resultado e o empenho das educadoras responsáveis. 





Apresentando o Trocador.

O Trocador é o nome do trabalho em vídeo feito por nós, a partir da técnica stop motion para a matéria Linguagens das Midias Digitais, ministrada pelo prof. Alan Richard da Luz no curso de Especialização em Linguagens da Arte, do Centro de Estudos Maria Antonia, da USP. 
É também um nome muito sugestivo (quase literal) no que diz respeito a um espaço de trocas de conhecimento e ideias a respeito de arte e educação, sem nunca nos esquecermos de que estar vivo e ativo é ter o privilégio de poder mudar a cada instante, acrescentando um pouco do outro em nós...Vamos trocar?